Leia sobre Cultura Cigana e Flamenco

Últimas

Aulas de Flamenco

 

Agora nas terças e sexta, das 19 as 20hs,

e sábados das 09 as 10:30 e 10:30 as 12:00hs.


 

Juerga Flamenca

Os bailaores Vera Alejandra, Uli Ruedas e Alê Kalaf

Reportagem de 20 de ago de 2011 •

Vera Alejandra, Uli Ruedas e Alê Kalaf Estreia hoje em São Paulo Solos em Companhia, o evento tem a proposta de abrir um espaço de apresentação para os alunos de flamenco subirem ao palco e experimentarem a experiência do tablado, do improviso, da juerga. A palavra juerga em espanhol significa farra, festa e no contexto flamenco, significa uma reunião de músicos e bailaores com o objetivo de se divertir, dançar, tocar e cantar sem a necessidade de público ou ensaios, todos participam da festa, com improvisos e sem medo de errar. A ideia de oferecer essa vivência aos alunos de flamenco veio da professora e bailaora, Vera Alejandra incentivada pelo bailaor Uli Ruedas. “Eu sempre falava para o Uli que queria fazer uma prática de flamenco, aberta aos alunos de todas as escolas e ele adorou a ideia!”, conta ela. No começo desse ano Vera foi convidada por seu primo, Tiara Aronovich , diretor da Reticom Filmes, a montar uma proposta de shows de flamenco em Higienópolis, no Espaço Reticom. Para formar o quadro, Vera convidou, além de Uli Ruedas, a bailaora Alê Kalaf que sugeriu o nome Solos em Companhia, e para a parte musical os violonistas Conrado Gmeiner e Rodrigo Mabel, a cantaora Elsa Maya e o percussionista Luciano Khatib. Após o show, os músicos continuam no palco os alunos de flamenco poderão subir para dançar e praticar patadas de palos como bulerías, alegrías ou tangos. Vera relembra que a prática e não um show: “Não é para ninguém levantar e necessariamente acertar tudo, ao contrário , é um momento para que o aluno de flamenco sinta a realidade do que é uma roda de flamenco, com os músicos e conosco, os bailarinos, fazendo as palmas para estimular a se levantarem para se lançar num passinho ou outro, para praticar, entender e ouvir. Não podemos esquecer que o flamenco nasceu disso, desse convívio, dessa prática, desse fazer acontecer.”

http://flamencobrasil.com.br/2011/08/juerga-para-alunos-de-flamenco/

Holocausto Cigano

A mais selvagem e bárbara perseguição aos ciganos de que se tem notícia, em toda a História da Humanidade, ocorreu não em séculos passados, entre povos então ditos “primitivos” ou “selvagens”, ou no Brasil, mas em pleno Século XX, na Alemanha, país (pelo menos até então) considerado “civilizado”. As únicas vítimas do terror nazista que costumam ser lembradas, no entanto, são apenas os judeus, e quase nunca os ciganos. Enquanto hoje a bibliografia sobre o holocausto judeu é imensa, não faltando inclusive museus e memoriais especialmente construídos para lembrar este triste genocídio, o holocausto cigano sempre foi considerado um fato de menor importância. Os documentos históricos provam que não foi bem assim e que, lamentavelmente, ao lado de cerca de seis milhões de judeus, nos mesmos campos de concentração, nas mesmas câmaras de gás, nos mesmos crematórios, ou então fora deles num lugar qualquer da Europa, foram massacrados também cerca de 250 a 500 mil ciganos. Só recentemente começaram a ser publicados ensaios, inclusive por autores alemães da geração pós-guerra, sobre este “holocausto esquecido”, o holocausto cigano, que os intelectuais ciganos de hoje preferem chamar de ‘poraimos’, para diferenciá-lo do holocausto judeu.

http://ritinhablog.wordpress.com/cultura-cigana/


Poesia

 

Dança comigo

Cigano, dança comigo,segura minha mão,

Me deixo conduzir por você e pela música.

Precisão de movimentos numa linguagem poética!

Dança comigo,expressando emoções

que invadem o corpo, desnudam a alma…

Me puxa assim ,e envolve meu corpo,

gesto que seduz.

Faz com que nossos corpos se aproximem.

Seu olhar seduzindo-me nos acordes dos

seus carinhos.

Suavemente coloca minha cabeça em seu peito

Me aperta em teu coração,

Delicia sentir sua mão

espalmada em minhas costas nuas…

Perco a noção,

me entorpece, quando desenha a linha da coluna.

Dança comigo,

Me sinta…

Deixa a música da minha ternura, ser a sinfonia da sua alma.

Não quero abrir os olhos, deixe que este momento seja eterno.

 

Autora: Cigana Rayo Lunar-Beth Vianna

“Apesar de não querer assinar autoria”

Reportagem do G1

Do G1, em São Paulo:

 

Astrônomos do Planetário de Minnesota, nos EUA, afirmam que, por causa da atração gravitacional que a Lua exerce sobre a Terra, o alinhamento das estrelas foi empurrado por cerca de um mês.

A questão opõe astrólogos, que se baseiam na posição dos astros para fazer o horóscopo, e os astrônomos, preocupados com a posição atual de estrelas e planetas.

“Quando [os astrólogos] dizem que o sol está em Peixes, não está realmente em Peixes”, disse Parke Kunkle, um dos integrantes do Minnesota Planetarium Society à revista “Time”. O signo astrológico é determinado pela posição do sol no dia em que a pessoa nasceu, o que significa que, de acordo com os astrônomos, tudo o que se sabia sobre horóscopo está errado.

Ainda de acordo com os o grupo de astrônomos, um 13º signo deveria fazer parte da astrologia, que teria imprecisões desde o seu início. A explicação é que, na Antiga Babilônia, apenas 12 das 13 constelações foram levadas em conta, ignorando Serpentário, que tem como símbolo a cobra.

De acordo com os astrônomos de Minnesota, esta é o período correto que identificaria cada signo:

 

Capricórnio: de 20 de janeiro a 16 de fevereiro
Aquário: de 16 de fevereiro a 11 de março
Peixes: de 11 de março a 18 de abril
Áries: de 18 de abril a 13 de maio
Touro: de 13 de maio a 21 de junho
Gêmeos: de 21 de junho a 20 de julho
Câncer: de 20 de julho a 10 de agosto
Leão: de 10 de agosto a 16 de setembro
Virgem: de 16 de setembro a 30 de outubro
Libra: de 30 de outubro a 23 de novembro
Escorpião: de 23 a 29 de novembro
Serpentário: de 29 de novembro a 17 de dezembro
Sagitário: de 17 de dezembro a 20 de janeiro

 


Horóscopo Cigano

Signo do Punhal

Período: de 21 de março a 20 de abril

Signo Zodiacal: Áries
Signo Chinês: Dragão
Metal regente: Ferro
Perfume: Lavanda
Dia da Sorte: Terça-feira
Pedra: Jaspe Verde
Pedra: Esmeralda

SIMBOLISMO– O Punhal é a imagem da luta e vontade de vencer. Representa honra, vitória e êxitos. Os ciganos também usavam o punhal para abrir matas, sendo então, símbolo de superação e pioneirismo. A pessoa sob esta influência é uma pessoa irrequieta, firme e dona de si mesma. Ousada, tem uma personalidade forte e odeia ser subestimada. Quando isso ocorre, torna-se agressiva. Ama demais, é fiel e adora sexo. Não é econômica, mas sabe controlar o dinheiro. Se sai bem em esportes, artes marciais e cargos de chefia e liderança. São pessoas plenas de energia, vitalidade, determinação e coragem. Capazes de superar os mais difíceis obstáculos. São espontâneas e dinâmicas.

CIGANO PROTETOR – Wladimir do Oriente

____________________________________________________________________________________

Signo da Coroa

Período: de 21 de abril a 20 de maio

Signo Zodiacal: Touro
Signo Chinês: Serpente
Metal regente: Cobre
Perfume: Rosa
Dia da Sorte: Sexta-feira
Pedras: Safira Azul e/ou Esmeralda
Cores: Verde claro e Rosa

SIMBOLISMO– Relaciona-se ao ouro e a nobreza. É símbolo de amor puro,força,poder e elegância, o que torna a pessoa desse elemento valorizada e importante. A pessoa sob esta influência luta pelo que quer, pois a estabilidade financeira lhe é fundamental. Nasceu para administrar e querer ser dona de seu próprio trabalho. É fiel no amor, sensível e não suporta que brinquem com seus sentimentos. Gosta das artes e tem grande criatividade artística. Possuem enorme capacidade de amar, é romântica e emotiva. É objetiva e firme nas suas intenções.

CIGANO PROTETOR – Ramiro

____________________________________________________________________________________

Signo das Candeias

Período: de 21 de maio a 20 de junho.

Signo Zodiacal: Gêmeos
Signo Chinês: CAvalo
Metal regente: Níquel
Perfume: Floral
Dia da Sorte: Quarta-feira
Pedras: Topázio e/ou Magnetita
Cores: Amarelo e Ocre

SIMBOLISMO– Representa as luzes e a verdade, portanto a sabedoria e a clareza de idéias. As candeias eram usadas para iluminar os acampamentos. Também simbolizam a esperteza e a vivacidade. A pessoa sob esta influência é comunicativa e tem uma inteligência brilhante, fazendo muitos amigos. Adora estudar e pesquisar, principalmente, o que se relaciona a ela mesma. É romântica e nunca desiste de uma conquista, mesmo que não se envolva por completo. Quando quer algo, consegue. São comunicativas e inquietos. Criam boas coisas. São habilidosos e com rapidez de raciocínio. Não se prendem a nada.

CIGANO PROTETOR – Clarita.

____________________________________________________________________________________

Signo da Roda

Período: de 21 de junho a 21 de julho.

Signo Zodiacal: Câncer
Signo Chinês: Cabra
Metal regente: Prata
Perfume: Rosa
Dia da Sorte: Segunda-feira
Pedra: Esmeralda
Cores: Branco e Prateado

SIMBOLISMO– Por representar o ir e vir e estar relacionada à Lua, pela sua forma arredondada, as pessoas regidas por esse signo tem urna forte ligação com as mulheres e gestantes em geral. A emoção é a palavra que traduz seu jeito. A Roda move sua vida na alegria e na tristeza. É dócil e tranqüila, mas, quando se irrita, sai de baixo. É um pouco insegura e tem uma certa tendência à nostalgia. Ama com intensidade e sente muito ciúme. Pessoas extremamente emocionais e intuitivas. Eternos românticos. Tem grande capacidade de observação e boa vontade para ajudar os outros.

CIGANO PROTETOR – Esmeralda.

____________________________________________________________________________________

Signo da Estrela

Período: de 22 de julho a 22 de agosto.

Signo Zodiacal: Leão
Signo Chinês: Macaco
Metal regente: Ouro
Perfume: Sândalo
Dia da Sorte: Domingo
Pedra: Rubi
Cores: Amarelo, Laranja e Dourado

SIMBOLISMO– A estrela cigana possui seis pontas, formando dois triângulos iguais, que indicam a igualdade entre o que está a cima e o que está a baixo. Representa sucesso e evolução interior. A pessoa que nasce sob esta influência é otimista e alto astral, nasceu para brilhar. Curte a vida intensamente e tem um talento especial para atrair as pessoas. Vive rodeada de amigos, mas tem mania de querer que tudo seja como você deseja. Conseguirá ótimas oportunidades nas artes cênicas. Possuem irresistível atração pelo poder. São pessoas determinadas, crêem leais e sempre em boa sorte e quase sempre generosas e positivas.

CIGANO PROTETOR – Yordana dos Ventos

____________________________________________________________________________________

Signo do Sino

Período: de 23 de agosto a 22 de setembro.

Signo Zodiacal: Virgem
Signo Chinês: Galo
Metal regente: Níquel
Perfume: Gardênia
Dia da Sorte: Quarta-feira
Pedras: Ágata e Turmalina
Cores: Azul marinho e Verde

SIMBOLISMO– Exatidão e perfeição. Nos séculos passados, era usado como relógio, e os ciganos o associaram à pontualidade, à disciplina e à firmeza. A pessoa sob esta influência é bastante organizada, ambiciosa, que supera sempre suas próprias expectativas. Acha que a vida é para ser aproveitada nos mínimos detalhes, porém, com consciência e sem exageros. Muito inteligente, analisa e critica tudo o que está ao seu redor. Se sai bem trabalhando com administração. Pessoas altamente supersticiosas e místicas, apreciam a ordem e gostam de planejar suas atividades. São tímidas e desconfiadas.

CIGANO PROTETOR – Letícia del Ouro.

____________________________________________________________________________________

Signo da Moeda

Período: de 23 de setembro a 22 de outubro.

Signo Zodiacal: Libra
Signo Chinês: Cão
Metal regente: Cobre
Perfume: Alfazema
Pedra: Diamante rosa
Dia da Sorte: Sexta-feira
Cores: Rosa e Azul

SIMBOLISMO– A moeda é associada ao equilíbrio e à justiça e relacionada à riqueza material e espiritual, que é representada pela cara e coroa. Para os ciganos, cara é o ouro físico, e coroa, o espiritual. A pessoa sob esta influência é sensível, charmosa, vive de amores e sentimentos. Tem que estar apaixonada sempre. As atenções se voltam para você facilmente. Tem talentos artísticos e decorativos. Adora ajudar as pessoas e vive para isso. Razão pela qual está sempre cercada de amigos e companheiros. Pessoas de sensibilidade e e dedicação, força progresso. Corajoso, quase sempre bem sucedidas no amor.

CIGANO PROTETOR – Rugero Malvasquez.

____________________________________________________________________________________

Signo da Adaga

Período: de 23 de outubro a 21 de novembro.

Signo Zodiacal: Escorpião
Signo Chinês: Javali
Metal regente: Ferro
Perfume: Almíscar
Pedras: Opala e Topázio
Dia de Sorte: Terça-feira
Cores: Púrpura e Marrom

SIMBOLISMO– A adaga é entregue ao cigano quando ele sai da adolescência e ingressa na vida adulta. Por isso, é associada também à morte, ou seja, às mudanças necessárias que a vida nos oferece para crescermos. A pessoa sob esta influência tem um temperamento forte e enigmático, se torna irresistível e respeitada. Possui uma mente analítica, percebendo tudo o que está ao seu redor. Sempre procura se aprofundar no que está à sua volta, seja no amor ou no trabalho. Ama de maneira sensual e arrebatadora. Pessoas de coração bom. Possuem temperamento forte, apaixonado e sedutor; crítico e observador. São muitos radicais.

CIGANO PROTETOR – Urdela.

____________________________________________________________________________________

Signo do Machado

Período: de 22 de novembro a 21 de dezembro.

Signo Zodiacal: Sagitário
Signo Chinês: Rato
Metal regente: Estanho
Perfume: Jasmim
Pedras: Safira e Turquesa
Dia de Sorte: Quinta-feira
Cores: Púrpura e Violeta

SIMBOLISMO– O machado é o destruidor de bloqueios e barreiras. Ele simboliza a liberdade, pois rompe com todas os obstáculos que a natureza impõem. A pessoa sob esta influência tem a liberdade como a palavra que mais gosta de falar e curtir. Aventureira, jamais permanece parada em um só lugar. É como o vento, que tudo toca, em tudo está, mas em nada fica. Otimista, até as dores para você são sinais de alegria. Apaixona-se e se desapaixona facilmente. Se dá bem com trabalhos sem rotinas em que possa aprender sempre. Pessoas de personalidade forte, possuem auto disciplina. Trabalhadoras e dedicadas. Conseguem superar os obstáculos.

CIGANO PROTETOR – Zoraya de Louvraria.

____________________________________________________________________________________

Signo da Ferradura

Período: de 22 de dezembro a 20 de janeiro.

Signo Zodiacal: Capricórnio

Signo Chinês: Boi
Metal regente: Chumbo
Perfume: Cítrico
Pedras: Ônix e Quartzo
Dia de Sorte: Sábado
Cores: Preto, Cinza e Verde-escuro

SIMBOLISMO– A ferradura representa o esforço e o trabalho. Os ciganos têm a ferradura como um poderoso talismã, que atrai a boa sorte, a fortuna e afasta o azar. A pessoa sob esta influência tem seu bom senso, às vezes se torna séria demais. Tem, então, que se soltar um pouco mais. Raramente, confia em alguém. Busca amores estáveis e concretos. Pretende casar e ter filhos. É completamente familiar, ama os poucos amigos e se dedica à profissão. Pessoas fortes, lutadoras, benevolentes, comunicativas e otimistas.

CIGANO PROTETOR – Rochele da Bréscia.

____________________________________________________________________________________

Signo da Taça

Período: de 21 de janeiro a 19 de fevereiro.

Signo Zodiacal: Aquário
Signo Chinês: Tigre
Metal regente: Alumínio
Perfume: Canela
Pedra: Água marinha
Dia de Sorte: Sábado
Cores: Laranja e Marrom claro

SIMBOLISMO– União e receptividade, pois qualquer líquido cabe nela e adquire sua forma. Tanto que, no casamento cigano, os noivos tomam vinho em uma única taça, que representa valor e comunhão. A pessoa sob esta influência sente uma grande preocupação com os assuntos à sua volta. Inteligente, humana, inquieta, tem vários amigos sinceros. Original, está sempre inovando. Vive atrás da felicidade. No amor, aprecia a sinceridade e a fidelidade. Pessoas que gostam da verdade; idealistas e cordiais. De temperamento variável, pensam num amanhã melhor.

CIGANO PROTETOR – Cigana da Praia Yajuri.

____________________________________________________________________________________

Signo da Capela

Período: de 20 de fevereiro a 20 de março corresponde ao signo de Peixes.

Signo Zodiacal: Peixes
Signo Chinês: Coelho
Metal regente: Platina
Perfume: Glicínia
Pedra: Ametista
Dia de Sorte: Quinta-feira
Cores: Violeta e Azul

SIMBOLISMO– Representa o grande Deus. É sinal de religiosidade e fé. É o local em que todos entram em contato com seu Deus interno e desperta a força e o amor. A pessoa sob esta influência é emotiva, sensível, leal, justa, espiritualizada e sonhadora, é o próprio amor encamado. Tem muita força espiritual e dons para a clarividência. Ama cegamente e, às vezes, se desilude. É romântica e carinhosa. Quanto ao trabalho, gosta de tudo o que se relaciona a ajudar ao próximo. Pessoas ligadas ao misticismo; sensíveis e sentimentais. Confiam na vida e em mudanças positivas.

CIGANO PROTETOR – Tiziano Vesquilaz e Zandra Vesquilaz.

Fonte: http://www.espacoviasol.com.br/cigana.htm

As Moiras

AS MOIRAS, PARCAS OU DESTINOS 
DESCONHEÇO O AUTOR
MITOS DA GRECIA E ROMA
MITOLOGIA E FOLCLORE

Moiras1            Fala-se muito sobre as "escolhas" que as pessoas fazem; se coisas boas ou ruins acontecem, são por suas escolhas; que todos construímos e moldamos nossas vidas e destino através de nossas escolhas. Entretanto, existem inúmeros fatos que não corroboram essas afirmativas. Desde o nascimento até a morte – os dois principais pontos de não escolha – vivenciamos situaçõesque independem de nossa vontade, tais como: poder ter ou não filhos, que estes nasçam sadios, sofrer ou não de determinadas doenças de ordem genética, etc. E, isso é o que chamamos destino ou fatalidade, que era representado na Grécia Antiga pelas três deusas Moiras (ou Parcas).

moiras
            As três Moiras são: Cloto, a fiandeira, representa a que tece a teia da vida; Átropos, a que cortava o fio da vida; e, Láchesis, a que distribui a parte que cabe a cada alma.

            Existia, ainda, na Grécia Antiga, uma outra fatalidade, a úpermoira, que era uma sina que a pessoa atraía para si em função do pecado, ou seja, era uma conseqüência do pecado. E úpermoira podia ser evitada.
Então, pode-se dizer que a fatalidade ou sina determinada pelas Moiras é uma predestinação que só pode ser enfrentada, mas não evitada. Não é determinada por boas ou más ações do sujeito ou de seus pais; não está ligada a uma vida com ou sem pecado. Já a úpermoira, sim.
Enfrentar a sina exige e desenvolve o caráter (do grego, xaracter que significa ser alguém definido), ou seja, determinados princípios a que se permanece fiel independente de confrontações. E este é o caminho para a individuação, o caminho para realizarmo-nos como indivíduos únicos.
Sendo a fatalidade inevitável, o mesmo não se pode dizer do destino pois este pode ou não ser cumprido, sendo determinado pela maneira que enfrentamos as fatalidades e fazemos nossas escolhas (caráter).

Strudwick - A Golden Thread (3 moiras)
            As Moiras, a que os Romanos chamaram Parcas (por eufemismo, parco significa economizar), nascidas da Noite no princípio dos tempos (a menos que elas não sejam o fruto da união de Zeus e da sua segunda esposa, Témis, deusa da justiça), representam na Antiguidade o destino de cada indivíduo.
Elas são as três fiandeiras. Submetidas à autoridade e ao controlo de Zeus, Cioto fabrica o fio (curso) da existência, Láquesis desenrola este fio e Átropos corta-o.
            As Moiras são assistidas na sua função fatal pelas keres, as cadelas do Hades que, quando chega a última hora de um mortal, se apoderam do seu corpo para o conduzir a Pluto. Elas têm, também, um papel activo nas batalhas, onde se alimentam do sangue dos mortos.
            Originalmente, Parca significava "parte" – de vida, de felicidade, de infortúnio. Cada ser humano possuía a sua Parca.
            Depois, essa abstração tornou-se uma divindade, assemelhando-se à Quere, sem ter, entretanto, o mesmo caráter violento e sanguinário.

Moiras3
            Aos poucos, desenvolveu-se a idéia de uma Parca universal, dominando o destino de todos os homens. E, finalmente, passou-se a conceber três Parcas. Filhas de Júpiter e Têmis, ou, segundo outra versão, da Noite, personificavam o Destino, poder incontrolável que regula a sorte de todos os homens, do nascimento até a morte.

Nem mesmo os deuses podiam transgredir suas leis, sem por em perigo a ordem do mundo. Seus nomes correspondiam a suas funções:
. Cloto, a fiandeira, tecia o fio da vida de todos os homens, desde o nascimento;
. Láquesis, a fixadora, determinava-lhe o tamanho e enrolava o fio, estabelecendo a qualidade de vida que cabia a cada um;
. Átropos, a irremovível, cortava-o, quando a vida que representava chegava ao fim.

Como deusas do Destino, as Parcas presidiam os três momentos culminantes da vida humana: o nascimento, o matrimônio e a morte.
São representadas como velhas ou, mais freqüentemente, como mulheres adultas de aspecto severo.
As três deusas que determinavam a vida humana e seu encadeamento. Conhecidas como Moiras, os Destinos repartiam para cada pessoa, no momento de seu nascimento, uma parcela do bem e do mau, embora uma pessoa pudesse acrescer o mau em sua vida por si própria.
Retratadas na arte e na poesia como mulheres velhas e severas, ou como virgens sombrias, as deusas eram freqüentemente vistas como fiadeiras. Cloto, a fiadeira, tecia o fio da vida; Láquesis, a distribuidora de quinhões, decidia a quantidade e designava o destino de cada pessoa; e Átropos, a inexorável, carregava o poder de cortar o fio da vida no tempo designado. As decisões dos Destinos não podiam ser alteradas, nem mesmo pelos deuses.

 

Fonte: Do Site Contos e Lendas

http://contoselendas.blogspot.com/2005/08/as-moiras-parcas-ou-destinos.html

Aos Rom(cigano) e Gadjôs(não cigano)

Feliz Natal e Próspero Ano Novo

 

Feliz Natal e Próspero Ano novo

Duende

“Assim pois o duende é um poder e não um obrar, é um lutar e não um pensar. Eu ouvi um velho violonista dizer: “O duende não está na garganta; o duende sobe por dentro a partir da planta dos pés”. Ou seja, não é uma questão de faculdade, mas de verdadeiro estilo vivo; ou seja, de sangue; ou seja, de velhíssima cultura, de criação em ato.”

“DUENDE”

Teoria e prática do duende

Federico García Lorca

Desde o ano de 1918, quando ingressei na Casa de Estudantes de Madri, até 1928, quando a abandonei, ao terminar meus estudos de Filosofia e Letras, ouvi naquele refinado salão, para onde acorria a velha aristocracia espanhola com o fim de corrigir sua frivolidade de praia francesa, cerca de mil conferências.

No desejo de ar e de sol, me aborreci tanto que, ao sair, me sentia coberto por uma leve cinza,quase a ponto de se transformar em pó-de-mico.

Não. Eu não gostaria que entrasse na sala essa terrível mosca do aborrecimento que costura todas as cabeças com um fio tênue de sono e põe nos olhos dos ouvintes pequenos tufos de pontas de alfinete.

De um modo simples, com o registro que em minha voz poética não tem luzes de madeiras, nem curvas de cicuta, nem ovelhas que subitamente são facas de ironias, vou procurar dar-lhes uma simples lição sobre o espírito oculto da dolorida Espanha.

Quem encontra-se na pele de touro que se estende entre os Júcar, Guadalete, Sil ou Pisuerga (não quero citar as torrentes junto às ondas cor de juba de leão que agitam o Plata), ouve-se dizer com certa freqüência: “Este tem muito duende”. Manuel Torres, grande artista do povo andaluz, dizia a alguém que cantava: “Tu tens voz, conheces os estilos, mas jamais triunfarás, porque tu não tens duende”.

Em toda Andaluzia, rocha de Jaén e búzio de Cádiz, as pessoas falam constantemente do duende e o descobrem naquilo que sai com instinto eficaz. O maravilhoso cantador El Lebrijano, criador da Debla, dizia: “Nos dias em que canto com duende não há quem possa comigo”; a velha bailarina cigana La Malena exclamou um dia, ao ouvir Brailowsky tocar um fragmento de Bach: “Olé! Isso tem duende!”, e aborreceu-se com Glück, com Brahms e com Darius Milhaud. E Manuel Torres, o homem com maior cultura no sangue que conheci, disse, escutando o próprio Falla tocar seu Nocturno del Generalife, esta esplêndida frase: “Tudo o que tem sons negros tem duende”. E não há nada mais verdadeiro.

Esses sons negros são o mistério, as raízes que penetram no limo que todos conhecemos, que todos ignoramos, mas de onde nos chega o que é substancial em arte. Sons negros, disse o homem popular da Espanha, e coincidiu com Goethe, que define o duende ao falar de Paganini, dizendo: “Poder misterioso que todos sentem e nenhum filósofo explica”.

Assim pois o duende é um poder e não um obrar, é um lutar e não um pensar. Eu ouvi um velho violonista dizer: “O duende não está na garganta; o duende sobe por dentro a partir da planta dos pés”. Ou seja, não é uma questão de faculdade, mas de verdadeiro estilo vivo; ou seja, de sangue; ou seja, de velhíssima cultura, de criação em ato.

Esse “poder misterioso que todos sentem e nenhum filósofo explica” é, em suma, o espírito da terra, o mesmo duende que abraçou o coração de Nietzsche, que o buscava em suas formas exteriores sobre a ponte Rialto ou na música de Bizet, sem encontrá-lo e sem saber que o duende que perseguia tinha saltado dos misteriosos gregos às bailarinas de Cádiz ou ao dionisíaco grito degolado da seguiriya de Silvério.

Assim, pois, não quero que ninguém confunda o duende com o demônio teológico da dúvida, ao qual Lutero, com um sentimento báquico, lançou um frasco de tinta em Nuremberg, nem com o diabo católico, destruidor e pouco inteligente, que se disfarça de cadela para entrar nos conventos, nem com o macaco falante que tem o espertalhão de Cervantes, na comédia dos ciúmes e das selvas de Andaluzia.

Não. O duende de que falo, obscuro e estremecido, é descendente daquele alegríssimo demônio de Sócrates, mármore e sal que o arranhou indignado no dia em que tomou a cicuta, e do outro melancólico demoniozinho de Descartes, pequeno como amêndoa verde, que, farto de círculos e de linhas, saiu pelos canais para ouvir cantarem os marinheiros bêbados.

Todo homem, todo artista, dirá Nietzsche, cada degrau que sobe na torre de sua perfeição é às custas da luta que trava com um duende, não com um anjo, como se diz, nem com sua musa. É preciso fazer essa distinção fundamental para a raiz da obra.

O anjo guia e presenteia como São Rafael, defende e evita como São Miguel, e previne como São Gabriel.

O anjo deslumbra, mas voa sobre a cabeça do homem, está acima, derrama sua graça, e o homem, sem nenhum esforço, realiza sua obra, ou sua simpatia, ou sua dança. O anjo do caminho de Damasco ou o que entrou pelas fendas do balcãozinho de Assis, ou o que segue os passos de Enrique Susson, ordena, e não há maneira de recusar suas luzes, porque agita suas asas de aço no ambiente do predestinado.

A musa dita, e, em algumas ocasiões, sopra. Pode relativamente pouco, porque já está distante e tão cansada (eu a vi duas vezes) que teve que colocar meio coração de mármore. Os poetas de musa ouvem vozes e não sabem de onde elas vêm; são da musa que os alenta e às vezes os merenda. Como no caso de Apollinaire, grande poeta destruído pela horrível musa que foi pintada a seu lado pelo divino angélico Rousseau. A musa desperta a inteligência, traz paisagem de colunas e falso sabor de lauréis, e a inteligência é muitas vezes a inimiga da poesia, porque imita demasiadamente, porque eleva o poeta a um trono de agudas arestas e o faz esquecer que logo podem comê-lo as formigas ou pode cair-lhe na cabeça uma grande lagosta de arsênico, contra a qual nada podem as musas que há nos monóculos ou na rosa de tíbia laca do pequeno salão.

Anjo e musa vêm de fora; o anjo dá luzes e a musa dá formas (Hesíodo aprendeu com elas). Pão de ouro ou prega de túnicas, o poeta recebe normas no bosquezinho de lauréis. Ao contrário, o duende tem que ser despertado nas últimas moradas do sangue.

E rechaçar o anjo e dar um pontapé na musa, e perder o medo da fragrância de violetas que exala a poesia do século XVIII, e do grande telescópio em cujos cristais dorme a musa enferma de limites.

A verdadeira luta é com o duende.

Os caminhos para buscar a Deus são conhecidos, desde o modo bárbaro do eremita até o modo sutil do místico. Com uma torre como Santa Teresa, ou com três caminhos como São João da Cruz. E embora tenhamos que clamar com voz de Isaías: “Verdadeiramente és um Deus escondido”, ao fim e ao cabo Deus manda ao que o busca seus primeiros espinhos de fogo.

Para buscar o duende não há mapa nem exercício. Só se sabe que ele queima o sangue como uma beberagem de vidros, que esgota, que rechaça toda a doce geometria aprendida, que rompe os estilos, que faz com que Goya, mestre nos cinzas, nos pratas e nos rosas da melhor pintura inglesa, pinte com os joelhos e com os punhos com horríveis negros de betume; ou que desnuda Mosén Cinto Verdaguer com o frio dos Pirineus, ou leva Jorge Manrique a esperar a morte no páramo de Ocaña, ou veste com uma roupa verde de saltimbanco o corpo delicado de Rimbaud, ou põe olhos de peixe morto no conde Lautréamont na madrugada do boulevard.

Os grandes artistas do sul da Espanha, ciganos ou flamengos, quer cantem, dancem ou toquem, sabem que não é possível nenhuma emoção sem a chegada do duende. Eles enganam as pessoas, e podem dar a sensação de duende sem que ele esteja lá, como as enganam todos os dias autores ou pintores ou modistas literários sem duende; mas basta atentar um pouco, e não se deixar levar pela indiferença, para descobrir o engodo e fazê-lo fugir com o seu tosco artifício.

Uma vez, a “cantadora” andaluza Pastora Pavón, A Menina dos Pentes, sombrio gênio hispânico, equivalente em capacidade de fantasia a Goya ou a Rafael o Galo, cantava em uma pequena taberna de Cádiz. Cantava com sua voz de sombra, com sua voz de estanho fundido, com sua voz coberta de musgo, e a enredava em seus cabelos ou a molhava em camomila ou a perdia entre estevais obscuros e longínquos. Mas nada; era inútil. Os ouvintes permaneciam calados.

Estava ali Ignacio Espeleta, formoso como uma tartaruga romana, a quem perguntaram uma vez: “Como não trabalhas?”, e ele, com um sorriso digno de Argantônio, respondeu: “Como vou trabalhar se sou de Cádiz?”

Estava ali Eloísa, a quente aristocrata, rameira de Sevilla, descendente direta de Soledad Vargas, que em trinta não quis casar com um Rothschild porque não a igualava em sangue. Estavam ali os Floridas, que as pessoas crêem carniceiros, mas que na realidade são sacerdotes milenares que continuam sacrificando touros a Gereão, e em um canto, o imponente dono de gado Don Pablo Murube, com ar de máscara cretense. Pastora Pavón terminou de cantar em meio ao silêncio. Só, e com sarcasmo, um homem pequenino, desses homenzinhos bailarinos que saem de súbito das garrafas de aguardente, disse com voz muito baixa: “Viva Paris!”, como se dissesse: “Aqui não nos importam as faculdades, nem a técnica, nem a maestria. Nos importa outra coisa.”

Então A Menina dos Pentes levantou-se como uma louca, tronchada como uma carpideira medieval, e bebeu de um trago uma grande copo de cazalla como fogo, e sentou-se a cantar sem voz, sem alento, sem matizes, com a garganta abrasada, mas… com duende. Conseguira matar todo a estrutura da canção para dar lugar a um duende furioso e abrasador, amigo de ventos carregados de areia, que fazia com que os ouvintes rasgassem suas roupas quase com o mesmo ritmo com que as rasgam os negros antilhanos do rito, agrupados perante a imagem de Santa Bárbara.

A Menina dos Pentes teve que descarregar sua voz porque sabia que estava sendo escutada por gente estranha que não pedia formas, mas tutano de formas, música pura com o corpo exíguo para poder manter-se no ar. Teve que empobrecer em faculdades e em seguranças; quer dizer, teve que afastar a musa e ficar desamparada, para que seu duende viesse e se dignasse a lutar com os braços nus. E como cantou! Sua voz já não cantava, sua voz era um jorro de sangue dignificado por sua dor e por sua sinceridade, e se abria como uma mão de dez dedos pelos pés cravados, mas cheios de borrasca, de um Cristo de Juan de Juní.

A chegada do duende pressupõe sempre uma transformação radical em todas as formas sobre velhos planos,

dá sensações de frescor totalmente inéditas, com uma qualidade de rosa recém criada, de milagre, que chega a produzir um entusiasmo quase religioso.

Em toda música árabe, dança, canção ou elegia, a chegada do duende é saudada com enérgicos “Alá, Alá!”, “Deus, Deus!”, tão próximos do “Olé!” dos touros que talvez seja o mesmo; e em todos os cantos do sul da Espanha a aparição do duende é seguida por sinceros gritos de “Viva Deus!”, profundo, humano, terno grito de uma comunicação com Deus por meio dos cinco sentidos, graças ao duende que agita a voz e o corpo da bailarina, evasão real e poética deste mundo, tão pura como a conseguida pelo raríssimo poeta do século XVIII Pedro Soto de Rojas através de sete jardins,  ou a de João Clímaco por uma estremecido acesso de pranto.

Naturalmente, quando essa evasão é alcançada todos sentem seus efeitos: o iniciado, vendo como o estilo vence uma matéria pobre, e o ignorante, no não sei quê de uma emoção autêntica. Há anos, em um concurso de baile de Jerez de la Frontera, quem ganhou o prêmio foi uma velha de oitenta anos, contra formosas mulheres e meninas com a cintura de água, pelo simples fato de levantar os braços, erguer a cabeça e dar um golpe com o pé sobre o tablado; mas na reunião de musas e de anjos que havia ali, belezas de forma e belezas de sorriso, tinha que ganhar e ganhou aquele duende moribundo que arrastava pelo chão suas asas de facas oxidadas.

Todas as artes são capazes de duende, mas onde ele encontra maior campo, como é natural, é na música, na dança e na poesia falada, já que elas necessitam de um corpo vivo que interprete, porque são formas que nascem e morrem de modo perpétuo e alçam seus contornos sobre um presente exato.

Muitas vezes o duende do músico passa para o duende do intérprete, e outras vezes, quando o músico ou o poeta não são tais, o duende do intérprete, e isto é interessante, cria uma nova maravilha que tem na aparência, e nada mais, a forma primitiva. Este é o caso da enduendada Eleonora Duse, que buscava obras fracassadas para fazê-las triunfar, graças ao que ela inventava, ou o caso de Paganini, descrito por Goethe, que fazia com que se ouvisse melodias profundas em verdadeiras vulgaridades, ou o caso de uma deliciosa garota do Porto de Santa Maria, que vi cantar e dançar a horrorosa canção italiana O Mari!, com uns ritmos, uns silêncios e uma intenção que faziam da bugiganga italiana uma dura serpente de ouro puro. O que acontece é que eles encontravam efetivamente alguma coisa nova, que não tinha nada a ver com a anterior, que punham sangue vivo e ciência em corpos vazios de expressão.

Todas as artes, e também os países, têm capacidade de duende, de anjo e de musa; e assim como a Alemanha tem, com exceções, musa, e a Itália tem permanentemente anjo, a Espanha é em todos os tempos movida pelo duende, como país de música e dança milenares, onde o duende espreme limões de madrugada, e como país de morte, como país aberto à morte.

Em todos os países a morte é um fim. Ela chega e fecham-se as cortinas. Na Espanha, não. Na Espanha elas são abertas. Muita gente vive ali entre suas paredes até o dia em que morre e é colocada ao sol. Um morto na Espanha está mais vivo como morto que em qualquer lugar do mundo: fere seu perfil como um fio de uma navalha bárbara. O chiste sobre a morte e sua contemplação silenciosa são familiares aos espanhóis. Desde O sonho das caveiras, de Quevedo, até o Bispo apodrecido, de Valdés Leal, e desde a Marbella do século XVII, morta de parto na metade do caminho, que diz:

La sangre de mis entrañas
cubriendo el caballo está.
Las patas de tu caballo
echan fuego de alquitrán… (1)

ao jovem moço de Salamanca, morto pelo touro, que clama

Amigos, que yo me muero;
amigos, yo estoy muy malo.
Tres pañuelos tengo dentro
y este que meto son cuatro… (2)

há uma balaustrada de flores de salitre, de onde assoma um povo de contempladores da morte, com versículos de Jeremias em seu lado mais áspero, ou com cipreste fragrante pelo lado mais lírico; mas um país onde o mais importante de tudo tem um último valor metálico de morte.

A faca e a roda do carro, e a navalha e as barbas pontudas dos pastores, e a lua despida, e a mosca, e as despensas úmidas, e os destroços, e os santos cobertos de renda, e a cal, e a linha cortante dos alpendres e dos mirantes têm na Espanha diminutas ervas de morte, alusões e vozes perceptíveis para um espírito alerta, que nos traz à memória o ar rígido de nosso próprio trânsito. Não é casualidade toda a arte espanhola ligada à nossa terra, cheia de cardos e de pedras definitivas, não é um exemplo isolado a lamentação de Pleberio ou as danças do maestro Josef María de Valdivielso, não é um acaso que de toda balada européia se destaque esta amada espanhola:

– Si tu eres mi linda amiga,
cómo no me miras, di?
– Ojos con que te miraba
a la sombra se los di.
– Si tú eres mi linda amiga,
cómo no me besas, di?
– Labios com que te besaba
a la tierra se los di.
– Si tú eres mi linda amiga,
cómo no me abrazas, di?
– Brazos com que te abrazaba,
de gusanos los cubrí. (3)

Nem é estranho que nos alvoreceres de nossa lírica soe esta canção:

Dentro del vergel
moriré,
dentro del rosal
matar me han.
Yo me hiba, mi madre,
las rosas coger,
hallara la muerte
dentro del vergel.
Yo me hiba, madre,
las rosas cortar,
hallara la muerte
dentro del rosal.
Dentro del vergel,
moriré,
dentro del rosal
matar me han. (4)

As cabeças geladas pela lua que Zurbarán pintou, o amarelo manteiga com o amarelo relâmpago de El Greco, o relato do padre Sigüenza, a obra inteira de Goya, a abside da igreja de El Escorial, toda a escultura policromada, a cripta dos Benavente em Medina de Rioseco, equivalem no culto às romarias de San Andrés de Teixido, onde os mortos tomam lugar na procissão, aos cantos fúnebres que cantam as mulheres de Astúrias com lanternas cheias de chamas na noite de novembro, ao canto e à dança da Sibila nas catedrais de Mallorca e Toledo, ao obscuro In Recort tortosino e aos inumeráveis ritos da Sexta-Feira Santa, que com a cultíssima festa dos touros formam o triunfo popular da morte espanhola. No mundo, somente o México pode ombrear com meu país.

Quando a musa vê a morte chegar fecha a porta ou ergue um plinto ou passeia uma urna e escreve um epitáfio com mão de cera, mas em seguida começa a rasgar seu laurel com um silêncio que vacila entre duas brisas. Sob o arco truncado da ode, ela junto com sentido fúnebre as flores exatas que pintaram os italianos do século XV e chama o seguro galo de Lucrécio para que espante sombras imprevistas.

Quando vê chegar a morte, o anjo voa em círculos lentos e tece com lágrimas de gelo e narciso a elegia que vimos tremer nas mãos de Keats, e nas de Villasandino, e nas de Herrera, e nas de Bécquer e nas de Juan Ramón Jiménez. Mas que horror o do anjo ao sentir uma aranha, por menor que ela seja, sobre seu terno pé rosado!

Ao contrário, o duende não chega se não vê possibilidade de morte, se não sabe que ela há de rondar sua casa, se não tem segurança de que há de balançar esses ramos que todos carregamos e que não têm, que não terão consolo.

Com idéia, com som ou com gesto, o duende gosta das bordas do poço em franca luta com o criador. Anjo e musa escapam com violino ou compasso, e o duende fere, e na cura dessa ferida, que não se fecha nunca, está o insólito, o inventado da obra de um homem.

A virtude mágica do poema consiste em estar sempre enduendado para batizar com água obscura a todos os que o vêem, porque com duende é mais fácil amar, compreender, e é certeza ser amado, ser compreendido, e essa luta pela expressão e pela comunicação da expressão adquire às vezes, em poesia, caracteres mortais.

Recordai o caso da flamenguíssima e enduendada Santa Teresa, flamenga não por dominar um touro furioso e dar-lhe três passes magníficos; não por enfrentar frei Juan de la Miseria nem por dar uma bofetada no Núncio de Sua Santidade, mas por ser uma das poucas criaturas cujo duende (não anjo, porque o anjo não ataca nunca) a transpassa com um dardo, querendo matá-la por ter roubado seu último segredo, a ponte sutil que une os cinco sentidos com esse centro em carne viva, em nuvem viva, em mar vivo, do Amor libertado do Tempo.

Valentíssima vencedora do duende, e um caso oposto ao de Felipe da áustria, que, ansiando buscar musa e anjo na teologia, viu-se aprisionado pelo duende dos ardores frios nessa obra de El Escorial, onde a geometria ombreia com o sonho e onde o duende põe máscara de musa para eterno castigo do grande rei.

Dissemos que o duende ama a orla, o limite, a ferida, e se aproxima dos lugares onde as formas se fundem em um anelo superior a suas expressões visíveis.

Na Espanha (como nos povos do Oriente, onde a dança é expressão religiosa) o duende tem um campo sem limites nos corpos das bailarinas de Cádiz, elogiadas por Marçal, nos peitos dos que cantam, elogiados por Juvenal, e em toda a liturgia dos touros, autêntico drama religioso onde, da mesma maneira que na missa, se adora e se sacrifica a um Deus.

É como se todos os duendes do mundo clássico se juntassem nessa festa perfeita, expoente da cultura e da grande sensibilidade de um povo que descobre no homem suas melhores iras, suas melhores bílis e seu melhor pranto. Nem no baile espanhol nem nos touros alguém se diverte; o duende se encarrega de fazer sofrer através do drama, em formas vivas, e prepara as escadas para uma evasão da realidade que circunda.

O duende opera sobre o corpo da bailarina como o vento sobre a areia. Transforma com mágico poder uma garota em paralítica da lua, ou enche de rubores adolescentes um velho roto que pede esmola pelas tendas de vinho, dá aos cabelos um cheiro de porto noturno, e em todo momento opera sobre os braços com expressões que são mães da dança de todos os tempos.

E é impossível que ele se repita, isso é muito interessante de sublinhar. O duende não se repete, como não se repetem as formas do mar na tempestade.

Nos touros ele adquire seus acentos mais impressionantes, porque tem que lutar, por um lado, com a morte, que pode destruí-lo, e por outro lado com a medida, base fundamental da festa.

O touro tem sua órbita: o toureiro, a sua, e entre órbita e órbita um ponto de perigo onde está o vértice do terrível jogo.

Pode-se ter musa com muleta e anjo com bandeirinhas e passar por bom toureiro, mas na faina de capa, com o touro limpo ainda de feridas, e no momento de matar, necessita-se da ajuda do duende para acertar no cravo da verdade artística.

O toureiro que assusta o público na praça por sua temeridade não toureia, mas encontra-se neste plano ridículo, ao alcance de qualquer homem, de jogar com a vida; ao contrário, o toureiro mordido pelo duende dá uma lição de música pitagórica e faz esquecer que arrisca constantemente o coração sobre os cornos.

Lagartijo com seu duende romano, Joselito com seu duende judeu, Belmonte com seu duende barroco e Cagancho com seu duende cigano, ensinam, desde o crepúsculo do anel, a poetas, pintores e músicos, quatro grandes caminhos da tradição espanhola.

A Espanha é o único país onde a morte é o espetáculo nacional, onde a morte toca longos clarins à chegada das primaveras, e sua arte está sempre regida por um duende agudo que lhe dá sua diferença e sua qualidade de invenção.

O duende que enche de sangue, pela primeira vez na escultura, as faces dos santos do mestre Mateo de Compostela, é o mesmo que faz São João da Cruz gemer ou queima ninfas nuas com os sonetos religiosos de Lope.

O duende que levanta a torre de Sahagún ou trabalha ladrilhos quentes em Calatayud ou Teruel é o mesmo que rasga as nuvens de El Greco e põe a rodar a pontapés os aguazis de Quevedo e as quimeras de Goya.

Quando chove faz surgir Velázquez enduendado, em segredo, por trás de seus cinzas monárquicos; quando neva faz Herrera sair nu para demonstrar que o frio não mata; quando arde, põe em suas chamas Berruguete e o faz inventar um novo espaço para a escultura.

A musa de Góngora e o anjo de Garcilaso hão de soltar a guirlanda de laurel quando passa o duende de São João da Cruz, quando

el ciervo vulnerado
por el otero asoma. (5)

A musa de Gonzalo de Berceo e o anjo do Arcipreste de Hita devem separar-se para dar lugar a Jorge Manrique, quando chega ferido de morte às portas do castelo de Belmonte. A musa de Gregoria Hernández e o anjo de José de Mora devem separar-se para que cruze o duende que chora lágrimas de sangue de Mena e o duende com cabeça de touro de Martínez Montañes, como a melancólica musa da Cataluña e o anjo molhado de Galicia olham, com amoroso assombro, o duende de Castilla, tão distante do pão quente e da dulcíssima vaca que pasta com normas de céu varrido e terra seca.

Duende de Quevedo e duende de Cervantes, com verdes anêmonas de fósforo um, e flores de gesso de Ruidera o outro, coroam o retábulo do duende da Espanha.

Cada arte tem, como é natural, um duende de modo e forma distintos, mas todas unem suas raízes em um ponto de onde manam os sons negros de Manuel Torres, matéria última e fundo comum incontrolável e estremecido de lenho, som, tela e vocábulo.

Sons negros por trás dos quais estão já em terna intimidade os vulcões, as formigas, os zéfiros e a grande noite apertando a cintura com a Via Láctea.

Senhoras e senhores; ergui três arcos e com mão torpe coloquei neles a musa, o anjo e o duende.

A musa permanece quieta; pode ter a túnica de pequenas pregas ou os olhos de vaca que miram em Pompéia o narizinho de quatro caras com que seu grande amigo Picasso a pintou. O anjo pode agitar cabelos de Antonello de Mesina, túnica de Lippi e violino de Massolino ou de Rousseau.

O duende… Onde está o duende? Pelo arco vazio entra um ar mental que sopra com insistências sobre as cabeças dos mortos, em busca de novas paisagens e acentos ignorados; um ar com cheiro de saliva de menino, de erva pisada e véu de medusa que anuncia o constante batismo das coisas recém criadas.

Pintor Andaluz Gustavo Bacarisas Nascido em Granada em 23 de setembro de 1873 e faleceu em Sevilha em 07 de janeiro de 1971

Notas

(1) O sangue de minhas entranhas
cobrindo o cavalo está.
As patas de teu cavalo
deitam fogo de alcatrão… [volta]

(2) Amigos, estou morrendo;
amigos, estou muito mal.
Tenho três lenços dentro
e com este que ponho são quatro… [volta]

(3) – Se tu és minha linda amiga,
como não me olhas, diz?
– Olhos com que te olhava
à sombra eu os dei
– Se tu és minha linda amiga,
como não me beijas, diz?
– Lábios com que te beijava
à terra eu os dei.
– Se tu és minha linda amiga,
como não me abraças, diz?
– Braços com que te abraçava,
de vermes eu os cobri. [volta]

(4) Dentro do vergel
morrerei,
dentro do roseiral
me hão de matar.
Eu ia, minha mãe,
As rosas colher,
Encontrei a morte
Dentro do vergel.
Eu ia, minha mãe,
As rosas cortar,
Encontrei a morte
Dentro do roseiral.
Dentro do vergel
morrerei,
dentro do roseiral
me hão de matar. [volta]

 

(5) o cervo ferido
pelo outeiro assoma. [volta]


In Federico García Lorca. Obras Completas. Ed. Aguillar. Tradução: Roberto Mallet.

FONTE: http://www.milenares.hpg.com.br/cigfladuende.htm

~~SITE DANÇAS MILENARES~~

A  DANÇA

A NOSSA DANÇA ESTA PRESENTE NAS ESTRELAS….
NO SOL QUE NASCE……. NA LUA CHEIA………

NAS ONDAS DO MAR.. NAS FOLHAS DAS PALMEIRAS…

Esta dança incorpora algumas influências de outras danças, como a dança do ventre e a dança Flamenca.

Isso não aconteceu por acaso, lendas contam que os ciganos deixaram a Índia e se espalharam pelo mundo.

Mas a verdade é que cada grupo cigano acabou recebendo fortes influências da cultura do país onde se fixou.
A dança cigana, particularmente além de extremamente sensual, está carregada de simbolismo. É incorporado o princípio do remelexo suave dos quadris, movimentos amplos dos braços e sensual das mãos.

A trilha sonora é composta por violinos, sanfonas, violões e pandeiros, num ritmo contagiante. As dançarinas usam saias rodadas, num colorido intenso e muitas bijouterias.

Aos homens cabe apenas apreciá-las ou, no máximo acompanhar o sedutor bailado.

A liberdade concedida pela dança, faz com que ela transmita uma energia incrível durante a realização da dança. Além de usar o seu próprio corpo para extravasar seus sentimentos, a dançarina recorre a objetivos de forte simbolismo e com eles cria algumas danças muito marcantes como:
Dança do Leque

com um leque em punho e o olhar penetrante, ela expressa amais pura sedução.

Dança da Echarpe

são usados durante as danças de comemoração a casamentos e para celebrar a amizade entre os povos.As echarpes podem percorrer o corpo durante a dança ou se encontrarem no ar em sinal de união.

Dança do Pandeiro

Enfeitado com fitas coloridas, os pandeiros anunciam que é dia de muita alegria, que é hora de festejar.

A MÚSICA CIGANA

A influência trazida do oriente é muito forte na música e na dança cigana. A música e a dança cigana possuem influência hindu, russa, árabe, húngara, romena e espanhola.

É especialmente desses três últimos países que são originários os músicos ciganos. Mas a maior influência na música e na dança cigana dos últimos séculos é sem dúvida espanhola, refletida no ritmo dos ciganos espanhóis que criaram um novo estilo baseado no flamenco.

Beethoven buscou na música cigana inspiração para muitas de suas obras. Tanto a música como a dança cigana sempre exerceram fascínio sobre grandes compositores, pintores e cineastas.

Há exemplos na literatura, na poesia e na música de Georges Bizet, Manuel de Falla e Carlos Saura que mostram nas suas obras muito do mistério que envolve a arte, a cultura e a trajetória desse povo.
Tanto na península Ibérica como na América hispânica, sua contribuição às artes – especialmente música, canto e dança – foram consideráveis. Destaca-se a esse respeito a música e a dança flamenca e o canto dos ciganos andaluzes.
No Brasil, apesar da presença dos ciganos desde o século XVI, eles têm pouca influência na música popular ou no folclore.

Aqui, a música mais tocada e dançada pelos ciganos é a música Kaldarash, própria para dançar com acompanhamento de ritmo das mãos e dos pés e sons emitidos sem significação para efeito de acompanhamento. Essa música é repetida várias vezes enquanto as moças ciganas dançam. Alguns outros grupos de ciganos no Brasil conservam a tradicional música e dança cigana húngara, um reflexo da música do leste europeu com toda influência do violino, que é o mais tradicional símbolo da música cigana.
RITMOS CIGANOS;

– o ritmo baladi que vem do Egito envolve movimentos com objetos ciganos.

Alguns movimentos envolvem lenços, facas e até mesmo garrafas de bebidas nas mãos;

– a Zapaderin, dança secreta das ciganas, que invoca o amor do cigano. A cigana, através da dança invoca espiritualidade a sua força;
– Manouche, Sinti, Kauderashs, todos trazem sua dança e seus belíssimos ritmos que são transformados numa única experiência artística e musical, trazendo do íntimo da mulher a sensualidade, a alegria e a beleza de sua força interior. Portanto, os ciganos possuem diferentes tipos de música

para diferentes ocasiões.

Textos da cigana,Mhãinah Regly


FLAMENCO

O cigano radicado na Andaluzia passou a ser conhecido como flamenco na Idade Média. Com o tempo, o termo passou a designar grande parte do folclore andaluz e

das zonas vizinhas, especialmente a música e a dança.

Flamenco é a arte do canto e da dança própria dos ciganos espanhóis da Andaluzia, que se propagou a outras regiões da Espanha e tornou-se comum nas cidades mediterrâneas e grandes núcleos urbanos, como Madri e Barcelona. Embora seja de fundo árabe, está estreitamente ligado aos ciganos, nos quais encontrou seus verdadeiros intérpretes. A essência do flamenco é o canto, freqüentemente acompanhado de violão. Os cantos e bailes flamencos constituem arraigada tradição do povo andaluz, que neles traduz seus momentos de alegria ou tristeza, extravazando sentimentos, sempre impregnados das idéias de amor e morte. Atualmente o flamenco encontra-se bastante comercializado, fazendo parte de espetáculos teatrais.

As origens do flamenco remontam às danças e cantos pré-cristãos do sul da península Ibérica. Esse substrato nutriu-se das contribuições sucessivas de vários povos, especialmente árabes e judeus. A imigração de povos ciganos no século XV foi dando contornos definitivos a essa arte, reconhecida como tal desde o século XVIII, quando as canções ganharam letra. A partir do século XIX, os ciganos começaram a dançar e cantar profissionalmente nos cafés. Surgiu assim a figura do guitarrista, acompanhante habitual do cantaor, nome que se dá ao vocalista. O ritmo da dança e do sapateado é marcado por palmas, gritos de incentivo ou reprovação denominados jaleo, estalar de dedos e unhas (para os homens) e toque de castanhola (para as mulheres), todos componentes essenciais do espetáculo.
Contudo, o aproveitamento turístico dá a essas manifestações artísticas aspectos frequentemente menos genuínos do que aqueles que se encontram habitualmente nos ciganos.
Dos gêneros mais antigos do flamenco, como as nostálgicas cañas e soleares, derivaram formas mais modernas e jocosas. A siguiriya, de raízes ancestrais, e a saeta, lamento pela paixão de Cristo, são outras modalidades do flamenco. A partir da segunda metade do século XX, o flamenco passou a sofrer diversas influências, que as correntes tradicionais tentam evitar para não serem desvirtuadas.
O cantor José Meneses, a bailarina La Chunga e o guitarrista Manitas de Plata são artistas flamencos de destaque.

TEXTO;
– Enciclopédia Barsa- macropédia, volume  6 (Flamenco).

Olá, mundo!

Bem-vindo ao WordPress.com. Este blog é para os afccionados  da Cultura Cigana e Dança Flamenca. Entre, comente e participe!